Após fugir do Egito, Moisés chegou na Terra de Madiã. Lá ficou 40 anos sendo pastor, casou-se com Séfora. A vida na família faz com que ele seja capaz de escutar e permitir que Deus possa manifestar-se a ele.
Moisés sobe ao Monte, lugar da manifestação de Deus. Essa cena mostra o Santuário com esse Monte onde o próprio Deus se manifesta não de forma teatral, mas por meio de sua ação gloriosa. Na passagem bíblica, quando Moisés pede que o Senhor intervenha junto do povo, o profeta pede para ver a face divina. Isso, porém, não é possível, e o próprio Senhor coloca sua mão sobre a face de Moisés, permitindo que após sua passagem ele perceba a glória divina. Por isso, a iconografia cristã apresenta Deus com a mão. Os Padres da Igreja viram nisso um modo de conhecer a Deus. Deus se conhece quando constatamos sua obra. Todas as quatro fachadas serão a manifestação daquilo que Moisés viu na mão de Deus. Elas mostrarão a obra do Pai que Moisés viu na mão e que se cumprirá quando o homem se sentir gerado como filho. Só esse gesto iconográfico dessa enorme mão, que tem mais de um metro, contém toda a obra que Deus vai fazer. A proposta é de que cada devoto, ao observar a Fachada Norte, olhe a obra que Deus fez por meio de Moisés e perceba que Deus está operando em nós uma transformação daquilo que Ele é. É isso que essa mão esconde em cima da fachada.
Na parte interna do arco de cada Fachada haverá representações do Apocalipse. Na Fachada Norte está representado, no ponto interno mais alto, o trono, o ancião e o Cordeiro imolado de pé. Isso porque só o Cordeiro pode realizar o bem ao modo do bem. Dessa forma, de longe, será possível ver somente o Êxodo. Quando se aproxima da fachada, entretanto, será possível ver a chave de leitura: o Pai e o Cordeiro. Pode-se ler a inscrição “Será para vós um memorial perpétuo”. Esse é justamente o ponto central, pois a ceia e a memória do comer lembrarão a saída do Egito, e essa memória apagará outro desejo de comer. Ou seja, o homem se desligou de Deus comendo. O pecado aconteceu quando a serpente convenceu Eva a comer o fruto proibido para ser como Deus. Ela comeu, mas morreu. Deus, porém, é o vivente. O início da libertação começa com o comer que não recordará mais o pecado, não despertará mais a paixão, mas recordará o Senhor, que é o libertador.
15 Quando o faraó soube disso, procurou matar Moisés, mas este fugiu e foi morar na terra de Midiã. Ali assentou-se à beira de um poço.
16 Ora, o sacerdote de Midiã tinha sete filhas. Elas foram buscar água para encher os bebedouros e dar de beber ao rebanho de seu pai.
17 Alguns pastores se aproximaram e começaram a expulsá-las dali; Moisés, porém, veio em auxílio delas e deu água ao rebanho.
18 Quando as moças voltaram a seu pai Reuel, este lhes perguntou: "Por que voltaram tão cedo hoje?"
19 Elas responderam: "Um egípcio defendeu-nos dos pastores e ainda tirou água do poço para nós e deu de beber ao rebanho".
20 "Onde está ele?", perguntou o pai a elas. "Por que o deixaram lá? Convidem-no para comer conosco."
21 Moisés aceitou e concordou também em morar na casa daquele homem; este lhe deu por mulher sua filha Zípora.
22 Ela deu à luz um menino, a quem Moisés deu o nome de Gérson, dizendo: "Sou imigrante em terra estrangeira".
12 Disse Moisés ao Senhor: "Tu me ordenaste: 'Conduza este povo', mas não me permites saber quem enviarás comigo. Disseste: 'Eu o conheço pelo nome e de você tenho me agradado'.
13 Se me vês com agrado, revela-me os teus propósitos, para que eu te conheça e continue sendo aceito por ti. Lembra-te de que esta nação é o teu povo".
14 Respondeu o Senhor: "Eu mesmo o acompanharei e lhe darei descanso".
15 Então Moisés lhe declarou: "Se não fores conosco, não nos envies.
16 Como se saberá que eu e o teu povo podemos contar com o teu favor, se não nos acompanhares? Que mais poderá distinguir a mim e a teu povo de todos os demais povos da face da terra?"
17 O Senhor disse a Moisés: "Farei o que me pede, porque tenho me agradado de você e o conheço pelo nome".
18 Então disse Moisés: "Peço-te que me mostres a tua glória".
19 E Deus respondeu: "Diante de você farei passar toda a minha bondade e diante de você proclamarei o meu nome: o Senhor. Terei misericórdia de quem eu quiser ter misericórdia e terei compaixão de quem eu quiser ter compaixão".
20 E acrescentou: "Você não poderá ver a minha face, porque ninguém poderá ver-me e continuar vivo".
21 E prosseguiu o Senhor: "Há aqui um lugar perto de mim, onde você ficará, em cima de uma rocha.
22 Quando a minha glória passar, eu o colocarei numa fenda da rocha e o cobrirei com a minha mão até que eu tenha acabado de passar.
23 Então tirarei a minha mão e você verá as minhas costas; mas a minha face ninguém poderá ver".
2 Imediatamente me vi tomado pelo Espírito, e diante de mim estava um trono no céu e nele estava assentado alguém.
3 Aquele que estava assentado era de aspecto semelhante a jaspe e sardônio. Um arco-íris, parecendo uma esmeralda, circundava o trono,
4 ao redor do qual estavam outros vinte e quatro tronos, e assentados neles havia vinte e quatro anciãos. Eles estavam vestidos de branco e na cabeça tinham coroas de ouro.
5 Do trono saíam relâmpagos, vozes e trovões. Diante dele estavam acesas sete lâmpadas de fogo, que são os sete espíritos de Deus.
6 E diante do trono havia algo parecido com um mar de vidro, claro como cristal.
No centro, ao redor do trono, havia quatro seres viventes cobertos de olhos, tanto na frente como atrás.
7 O primeiro ser parecia um leão, o segundo parecia um boi, o terceiro tinha rosto como de homem, o quarto parecia uma águia em voo.
8 Cada um deles tinha seis asas e era cheio de olhos, tanto ao redor como por baixo das asas. Dia e noite repetem sem cessar:
6 Depois vi um Cordeiro, que parecia ter estado morto, em pé, no centro do trono, cercado pelos quatro seres viventes e pelos anciãos. Ele tinha sete chifres e sete olhos, que são os sete espíritos de Deus enviados a toda a terra.
7 Ele se aproximou e recebeu o livro da mão direita daquele que estava assentado no trono.
Mateus é associado ao homem alado, ou anjo, porque o seu Evangelho se concentra na humanidade de Cristo, afirma São Jerônimo. O Evangelho de Mateus inclui uma narrativa sobre a genealogia de Jesus.
O leão é relacionado a São Marcos, porque o seu Evangelho enfatiza a majestade de Cristo e sua dignidade real, assim como o leão é tradicionalmente considerado o rei dos animais. O Evangelho de Marcos começa com a voz profética de João Batista, clamando no deserto como um rugido de leão.
A Lucas associa-se o touro, porque seu Evangelho se concentra no caráter sacrificial da morte de Cristo, e o touro sempre foi um animal sacrificial por excelência, tanto para o judaísmo quanto para o paganismo romano.
Por, João está associado à águia por duas razões: primeiro, porque seu Evangelho descreve a Encarnação do Logos divino, e a águia é um símbolo daquilo que vem de cima. A segunda, porque como a águia, João, em sua Revelação, viu além do que está imediatamente presente. Por isso São João Evangelista é chamado de “Águia de Patmos”.